O aquecimento global desequilibra todos os ecossistemas e gera efeitos vastos e múltiplos. Na escala global, tem provocado o desaparecimento das geleiras, a subida do nivel do mar , o aquecimento , acidificação dos oceanos, grandes mudanças no regime de chuva e no padrão dos ventos e correntes marinhas, e por consequência tem causado grande declínio na biodiversidade mundial. Por extensão, tem gerado altíssimos prejuízos econômicos e humanos, ameaçando a segurança alimentar, política, social e sanitária das nações. Para o Brasil as ameaças mais significativas estão no declínio da biodiversidade, reduzindo o aproveitamento de recursos naturais e dos serviços ambientais ; a elevação do nível do mar, ameaçando populações e cidades litorâneas, e a expressiva modificação no padrão de precipitação , sendo projetadas uma elevação de temperatura de até 6 °C até o fim do século XXI e até 40% de redução nas chuvas na maior parte da zona de produção agropecuária, enquanto em outras deve haver proporcional aumento nas chuvas, pondo em xeque a produção de energia e alimentos, bem como aumentando o risco de inundações intensas e secas prolongadas. Mudanças na temperatura e na química da água do mar também afetam a biodiversidade marinha, e por isso é prevista, por exemplo, uma redução de até 40% na capacidade pesqueira no litoral da Região Sudeste. Vários desses efeitos já estão sendo sentidos, e a tendência é de se agravarem, se os níveis de emissões de gases estufa continuarem subindo.
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